[Atenção: Análise com Spoilers] – Para uma melhor experiência da sua leitura, ouça ao mesmo tempo, o PODCAST no fim desse texto.

 

            Quando olhamos para a mais conhecida obra de J.K.Rowling, a famosa saga do bruxo Harry Potter, vemos uma criança órfã, que foi deixada na casa dos tios, por uns personagens, no mínimo estranhos, para que crescesse com o carinho da família. Logo no início percebemos que os tios não eram exemplos de cuidado e carinho. Mas o que não imaginamos, quando nos deixamos levar pela obra, seja pelos livros ou seja pelos filmes, é que podemos traçar um paralelo psicológico das situações vivenciadas internamente por nós e ela!

          Então comecemos do começo: Por que é tão interessante falar de Harry Potter para o autoconhecimento? É porque toda a saga é o desenrolar de um processo terapêutico, ‘simples assim’!

A história toda é o processo de desenvolvimento humano pelo qual todos passamos durante a vida, com os desafios que encontramos, para ser e estar, neste mundo de tantos percalços.

          Temos conhecimento das fases biológicas da vida: nascemos, passamos pela infância, adolescência, fase adulta e velhice, racionalmente identificamos e compreendemos todas elas. Mas para passarmos de uma fase para outra precisamos de um ‘amadurecimento’ interno. Isto, na maioria das vezes, não está delimitado por idade, sexo, classe social, entre outros aspectos e aí está a parte mais complexa de entender.

          O processo externo é marcado por aquilo que enxergamos a ‘olho nu’, mas o processo interno, que é totalmente diferente do primeiro, passa por verdades e sentimentos, que dificilmente expomos: seja por vergonha ou até por falta de compreensão do que acontece conosco. Na maioria das vezes não pedimos auxílio por vergonha de descobrirem o que se passa dentro de nós, não pedimos aos familiares e nem aos amigos, por imaginar que podemos não ser compreendidos e aceitos; e tanto menos orientação de um profissional, pois não nos consideramos ‘loucos’ para ir em busca desta orientação. Felizmente esta visão vem mudando e muitas pessoas vem buscando a orientação do profissional para desenvolver a sua compreensão a partir de si mesmo.

          Mas por onde embarcar nesta viagem ao mundo de Harry Potter, identificando a nós mesmos? Vamos direto para a plataforma 9 ¾? NÃOOO! Mesmo porque não teríamos como passar pela parede para chegarmos até lá!!!

          Podemos embarcar logo no início da história, quando vemos que Harry sobrevive a uma tentativa de assassinato por Lorde Voldemort, ainda pequeno (aos 15 meses) e fica com uma marca na testa: a tão amada cicatriz em forma de raio! Quem de nós não tem ‘uma cicatriz’ deixada por um momento ruim de nossas vidas? Não uma cicatriz na pele, mas no coração, na mente, podemos até não ter consciência dela, mas ela está lá e nos faz carregar ‘algo’ interno. No caso de Harry, sua cicatriz também tem um peso emocional, pois as cicatrizes são como nossas dores, que nos lembram os eventos que nos marcaram durante nossa trajetória.

          Esta tentativa de assassinato de Harry, tornou Voldemort tão temido pelos bruxos, em Hogwarts, que preocupou a professora Minerva a tal ponto, que ela até evitava pronunciar seu nome, como no trecho do livro adiante:

         

“A professora Minerva está perguntando a Dumbledore:

–  Suponho que “ele” tenha ido embora.

                                         Dumbledore responde:

– A senhora poderia chamá-lo pelo nome, há anos venho convencendo as pessoas a chamarem ele pelo nome que recebeu Voldemort.”

 

            Voldemort teme a morte e busca a imortalidade, ninguém possui qualquer imagem do que é a morte, mas temos que ter coragem para reconhecer que ela existe e faz parte de nossas vidas. Muitas pessoas ainda querem se afastar da morte, mas acabam ‘vivendo a morte na vida’, por medo.

            Vamos entender a extensão desse medo:

            O medo da morte está ligado ao instinto de preservação, que é um processo natural, mas enquanto não se ‘dá’ inteligência aos instintos, ainda vamos acioná-lo como defesa através do medo. Nesta parte da saga está sendo tratado o nosso maior medo, a morte.

            A morte é um mistério, não se consegue criar imagem, pois não temos como experienciar. Ela deixa a mente sem poder criar. A única coisa que se pode criar é a vida, mas algumas pessoas criam o medo da morte na vida a partir da imaginação, gerada por pensamentos, sentimentos e emoções, e perde a realidade da vida em si.

            Quando se ocupa ‘o mental’ com o medo da morte, o nosso cérebro arquiva de forma  associativa as imagens, sendo que um determinado local, situação, objeto, pessoa ou animal  pode enviar um alerta em determinados momentos,  como: achar que pode estar doente, receio em andar na rua,  medo de algo que pode “acontecer”, insegurança para mudar para novo lugar, medo de perder o emprego,  falta de confiança para conhecer novas pessoas e fazer novas amizades, achar que vai fracassar, evitar riscos , etc.

            Harry Potter é filho de Bruxos, mas os Bruxos também temem a morte, por terem receio de falar o nome Voldemort. Voldemort para obter a imortalidade teve que causar os delitos de matar seres semelhantes a ele, para mutilar sua própria alma em pedaços e conseguir transferir cada parte mutilada para objetos ou seres: Horcruxes. Assim sua alma não poderia ir embora e ele então, não morreria. Mas Voldemort não sabe que ao matar os pais de Harry e depois de querer matar o próprio Harry Potter, teve uma parte de sua alma transferida para a alma de Harry. 

            Aqueles que são prisioneiros do seu “mal interno”, não buscam conhecimento para entender que o “mal” tem que ser compreendido para ser transformado. Quando isso não acontece, o indivíduo passa a gerar mais desequilíbrios internos, através das emoções, dos sentimentos, dos pensamentos, que mantém o estado mental cheio de preocupações. E este estado mental, para se manter em equilíbrio, direciona a vida do indivíduo de forma agitada, sem tempo para se ver em seus anseios, desejos, intenções e faltas, onde a adaptação o mantém como prisioneiro. Um exemplo disso é quando você analisa o outro, julgando-o, e este se transforma naquilo que você imagina dele, porque inevitavelmente, é você o observador do seu interno e daquilo que você examina do externo. E quase sempre o outro não é o que imaginamos dele.

            Equilíbrio, é viver consciente de seus anseios internos e dar expressão e solução.  

            Assim o externo também será equilibrado de forma a fortalecer o que realmente é importante, dentro das reais necessidades internas e externas, para que lhe tragam: amor, sabedoria e ação na vida.

            Portanto, compreendendo estes medos, quando a morte é vista como uma realidade, nos traz uma consciência maior sobre como podemos lidar com a vida, passamos a ter qualidade e responsabilidade em criar o bom, o útil, o justo e o agradável para si, e consequentemente se vive melhor com o outro.

            Simbolicamente, cada instante é uma morte e aí está contido o seu mistério. A cada milionésimo de segundo, o instante vira passado e nada se pode fazer com o que passou. O novo é ‘morrer’ a cada instante para o velho e estar mais preparado para as várias vezes que podemos renascer. O novo então, é a possibilidade do agora.

           Além da questão da morte, outro aspecto que nos chama atenção é quando Dumbledore diz para Minerva que Harry tem que ficar com os tios.

            Harry foi protegido da maldição da morte de Voldemort porque Lílian (Mãe de Harry) tinha se sacrificado para salvá-lo, impregnando-o com um feitiço que impediu Voldemort de prejudicá-lo devido ao amor de Lílian por seu filho.

            Harry tem que viver com sua tia Petúnia, na Rua dos Alfeneiros, nº4, porque ali ele estará seguro de Voldemort, porque a sua tia Petúnia tem o mesmo sangue de origem da mãe de Harry.

            A proteção de Harry se firmou através do amor puro e verdadeiro de sua mãe, por escolher morrer no lugar de Harry e pelo laço sanguíneo com o mesmo (estes são os fatores para que o Feitiço Proteção Sacrificial seja conjurado), todo o símbolo do feitiço, principalmente do laço sanguíneo, traz o significado do quanto a criança está protegida na sua família de origem, e do quanto é importante para a criança saber quem são seus pais.

            Harry não teve uma boa recepção e acolhimento por parte da Tia. O Tio Válter Dursley e a tia, por serem trouxas (modo como os bruxos chamam os humanos não mágicos), tinham sentimento de rejeição por Harry, o viam como um problema e o tratavam como se fosse um empregado da família.

            As famílias são sistemas, onde existem cumplicidade, formas e regras de conduta. Estes fatores fazem com que, aqueles que chegam de fora, não sejam muito bem aceitos e reconhecidos. Normalmente existe uma rejeição por parte de algumas pessoas, ou todas, do sistema familiar. Esta situação acontece porque o novo integrante vem com novos costumes e comportamentos diferentes da família a qual está se integrando. Existem sistemas familiares que podem ser exceções, mas a maioria entende o novo membro como uma ameaça a sua ordem (nora, genro, cunhado, cunhada, sogra, sogro, sobrinhos etc.).

            A tia Petúnia adota Harry apenas porque se sente obrigada: seria desumano demais, até para ela, abandonar o sobrinho após o assassinato de seus pais.

            Na vida real, durante muito tempo, e em alguns casos até nos dias de hoje, a adoção é mantida em segredo, mas com o passar do tempo a criança pode sentir não ser filho daqueles pais. O ideal seria que a criança primeiro fosse encaminhada para parentes, isso porque no livro Ordens do amor (2003), o terapeuta alemão Bert Hellinger escreve: “assim como a criança tem direito aos seus pais, ela tem também direito ao seu grupo familiar”, reconhecendo que a criança se sentirá bem em sua família de origem, por ter informações de seus pais, através de seus criadores. Por isso a importância dos pais é independente do que possa ter acontecido com eles. Bert Hellinger sugere que os pais adotivos devam receber a orientação para informar a criança quem são os pais verdadeiros, sendo o ideal, aos pais adotivos, manterem uma atitude de honra aos pais biológicos da criança, por terem a oportunidade de serem pais substitutos, assim a criança poderá honrar seus criadores e se sentirá LIVRE para amar seus pais adotivos.

            Longe de querermos apontar para uma verdade única, a teoria do terapeuta Bert Hellinger apresenta muita informação sobre como nossa família de origem nos traz força e o quanto isso nos impulsiona para vida.

            Nos utilizamos desta teoria para explicar que, por Harry não perder contato com sua origem, não “perde” também a força de sua ancestralidade e, por isso mesmo, não deixa de ser quem ele é, mesmo estando com tios, que o rejeitavam. Pelo conhecimento e esperteza de Dumbledore, este sabia da força da origem de Harry, sabia também que foi utilizado o feitiço Proteção Sacrificial; e por Petúnia ser a família mais próxima de Harry, este laço sanguíneo, estenderia o feitiço de sua mãe protegendo-o de Voldemort, enquanto estivesse no seio da família Dursley.

            Desta forma também entendemos porque Dumbledore não concorda que Harry fique na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, como mostra este diálogo retirado do livro:

 

Dumbledore disse: – “Seria o bastante para virar a cabeça de qualquer menino, antes mesmo dele andar e falar, ou seja, famoso por uma coisa que ele nem vai se lembrar.”

Harry, com os tios vive de forma muito precária, sem carinho e atenção. Ele passa a ser um menino que vai se adaptando aos maus tratos, se torna humilde, paciente e tolerante.

 

            Harry fica com os tios, mas diante das dificuldades cotidianas ele passa a se fortalecer internamente para a vida, o que parecia ser algo ruim surtiu em bom efeito. E às vezes, algo que parece ser bom, como deixar os filhos sempre contentes, dando o que eles pedem, como acontecia com o primo do Harry, Duda Dursley, acaba por trazer um mal efeito, efeito esse que pode ser observado em situações reais.

            Crianças que foram acostumadas a obter tudo com facilidades sem esforço próprio, como observamos em Duda, raramente adquirem a noção de hierarquia e dificilmente apreciam os pais como seus criadores. São intolerantes e nervosas, pois não aprendem a esperar, a perder, e raramente conseguem conquistar por mérito próprio.

            Existem pais que mesmo presentes fisicamente, estão ausentes para as necessidades emocionais e educativas da criança e tentam suprir sua ausência com presentes. Existem também pais que podem achar que receberam pouca atenção dos seus pais em sua infância e baseados no seu sentimento acreditam que o filho pode pensar o mesmo em relação a eles. Nesses casos, os pais com atitudes muito críticas, agem em relação aos filhos conforme a sua perspectiva de julgamento e de acordo com o que vivenciou com o próprio pai, daquilo que ele mesmo proteja de si. Pais que julgam seus próprios pais perdem a força, prejudicam a sua própria imagem e refletem essa insegurança no próprio filho. Agora, pais que conseguem aceitar os pais deles da forma que foram e são, ficam mais livres da obrigatoriedade de se tornar algo para o filho e ficam mais seguros para estar com o filho como ele é, sem projetar suas inseguranças e julgamentos. Aceita que seu pai fez o melhor que pôde e se sente seguro também, para fazer o pode para cuidar, agora, do filho.

            Crianças que são orientadas e educadas pelos pais para explorarem suas habilidades através de experiências, lidando com vantagens e desvantagens, negociando e decidindo, aprendem a reconhecer a melhor solução. Estas crianças acabam se tornando as mais pacientes, habilitadas para lidar com a vida e passam a sentir a sua própria força.

            Quando Harry chega Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, não se senti um bruxo de destaque como os demais o levam a crer. Sua simplicidade o faz um aluno como todos os outros. Ele sabe que é famoso, mas não se sente popular.  Ele se sente à vontade com Roni e Hermione – os seus amigos mais próximos, e até com outros que o tratam de forma comum.

            Agora, desde que conheceu Draco Malfoy e o vê tratando mal uma mulher, no Beco Diagonal, antes mesmo de chegar a Hogwarts, não gosta do seu comportamento. E mesmo em outros encontros com Draco percebe que o interesse pelo poder é seu comportamento característico, desagradando a Harry, que sabe dar importância aos valores mais simples, como: respeito, carinho, amizade, e sem precisar se relacionar com as pessoas pelo falso prestígio ou pelo interesse de poder. Dito tudo isso percebemos o quanto a educação e a origem familiar são mais importantes do que a fama, e Harry, em suas dificuldades cotidianas, aprendeu isso com naturalidade.

            Vemos no livro outro aspecto importante a ser destacado: A Prof. Minerva pergunta para Dumbledore se ele poderia tirar a marca do menino. E Dumbledore, diz mesmo que pudesse não faria, marcas são úteis!

            As marcas são úteis, carregam sentimentos e emoções, todos nós as temos. Harry, carrega sua famosa marca (cicatriz em formato de raio) e fica conectado com uma parte da alma de Voldemort.

            A marca sempre exige que se olhe para dentro de si, para que possamos perceber nossos pensamentos, atitudes, desejos e medos (essa é a parte que liga Voldemort a Harry Potter).  Existe dentro de todo ser humano, o bem e o mal, gerados à partir dos sentimentos, emoções, julgamentos e interpretações. Devemos sempre estar atentos a estes porque eles geram pensamentos, que sem o conhecimento da origem dos mesmos, muito provavelmente vão desencadear mal-estar interno. Ao sentir o objetivo do sentimento é que se pode descobrir o que esse objetivo interno quer solucionar. O mal pode ser desvendado e compreendido como um sentimento que pede para ser transformado.  

            Existem alguns casos difíceis de identificar a origem do mal interno, como na cena em que Harry Potter tem sensações e se sente perturbado por vozes, assim como muitas pessoas não conseguem entender o mal que carregam internamente, porque a causa do mal interno pode estar oculta no sistema familiar de origem, ou seja, em sua ancestralidade.

 

(C.G. Jung no livro Natureza da Psique diz: “A existência do inconsciente coletivo indica que a consciência individual não é absolutamente isenta de pressupostos. Ao contrário: acha-se condicionada em alto grau por fatores herdados, sem falar, evidentemente, das inevitáveis influências que sobre ela exerce o meio ambiente” / Bert Hellinger – O amor do espírito, diz: “Existem coisas más ou pesadas que nos pertencem como um destino pessoal: por exemplo, uma doença hereditária, circunstâncias traumáticas de nossa infância ou uma culpa pessoal.

Quando concordamos com o que é pesado e o incorporamos à realização de nossa vida, isso se torna para nós uma fonte de força”).

 

            O drama dos Pais, quando Harry era apenas um bebê, ficou reconhecido com a marca da testa pelo motivo de Voldemort não ter conseguido matá-lo.

            Na saga, Harry Potter enfrenta o seu medo tentando aos poucos buscar conhecimento para entender a origem dos seus sentimentos. Isso requer controle e aprimoramento da compreensão dos processos internos: pensamentos, emoções e sentimentos.

            Quando a pessoa evita o sentimento ou o reprime através do raciocínio lógico, não cessa o desconforto, que pode até aumentar, porque o sentimento quer solução. Enfrentar o sentimento com o raciocínio lógico é um processo de defesa, mas a chave é, antes, olhar para dentro de si e sentir:

– O que está por trás do sentimento?

– O que tenta o sentimento solucionar?

– Qual fator importante da vida que está sendo negligenciado?

            Podemos achar estranho essas perguntas, mas sempre existe, em nossos sentimentos, algo inexplorado para solucionarmos.  O desconforto faz a pessoa se movimentar para uma mudança (se for um medo, esse medo deve ser enfrentado). Enquanto não nos transformarmos a favor do verdadeiro sentido de vida, ainda sofreremos por estarmos vivendo somente no externo, ou sob ação do passado que gera uma vibração baixa, diminuindo a energia vital e atraindo situações e relacionamentos problemáticos. Um exemplo disso é quando alguém nos crítica e isso nos desagrada, este desagrado é só nosso, não é de quem fez a crítica. É como uma ação do espelho: quando olhamos para fora, estamos olhando a partir do nosso interno, isso nos deixa mais conscientes de nossas intenções e entendemos que ao olharmos o outro já interpretamos e julgamos com base nos nossos pensamentos, sentimentos e emoções.  

            Por ser tão comum viver o mundo que se pensa, é comum viver muito pouco o mundo real.

            Se conseguirmos encontrar o que retira a vontade de ação pela vida, perceberemos que estamos distantes das coisas que realmente são importantes para os nossos interesses mais nobres, e isso é o que nos impede de movimentar as habilidades que possuímos. Para isso é preciso abandonar o medo do fracasso, da vergonha de não conseguir, do que os outros vão pensar, críticas e julgamentos.

            Quando uma pessoa olha para dentro de si, ela pode chegar à conclusão de que ela mesma é o carcereiro da sua vida. Sempre que quiser se tornar algo só para o mundo exterior, perde o contato com o seu eu interior e vive através das comparações, julgamentos e críticas que imagina e faz sobre o outro, e o que imagina que o outro pode estar pensando em relação as suas formas de ação. Nessa situação já deixou de ser o que é, para ser algo que o outro possa valorizar. Receita fácil para a frustação e a falta de autoestima, pois o valor está sendo atribuído ao valor que o outro confere.  Desta forma, passa a ser refém das suas emoções e sentimentos, ou seja, é um enfraquecimento do eu para se tornar algo que tem valor para outros. Quando uma pessoa não atinge seu valor e isso resulta em perdas, ela passa a justificar e transferir a culpa para os outros ou para as situações. A vida fica sem sentido interno e perde-se aos poucos a energia vital e a espontaneidade natural pela vida.  

            Harry Potter, não tem necessidade do falso prestígio, tem uma atitude simples e natural com respeito por todos e não busca méritos e nem destaque, sabe dar importância ao que é importante, mantém o vínculo com os amigos que o veem de forma natural.

            O personagem Harry Potter, tem valor em ser o que é, reconhece a sua origem e por amar os pais, confere força e dignidade, caminha destemido diante dos obstáculos, cria vínculos, ganha conhecimento e vive o agora.

 

#harrypotter #analisepsicologica #podcast #critica #analisedefilmes #harrypottereapedrafilosofal #sagaanalitica #marcas #cicatriz #voldemort #morte #renascimento #origemfamiliar #dificuldades #psicologia #pedagogia #psicologa #pedagoga #bruxo #bruxa #carlgustavjung #berthellinger #constelacaofamiliar #simbolos #ancestralidade #autoconhecimento #oheroiqueexisteemnos #cafecomzumbi #desenvolvimentopessoal #filme #heroi

VEJA NOSSA ANÁLISE EM VÍDEO CLICANDO ABAIXO:
 

OUÇA NOSSO PODCAST NO SPOTIFY, APPLE MUSIC, NO SEU PLAYER PREFERIDO OU FAÇA O DOWNLOAD ABAIXO

Margareth Maria Demarchi e Samara Corrêa
Gostou? Que tal compartilhar